quarta-feira, 20 de outubro de 2010

'Ter' é presunçoso, 'manter' é carinhoso


Será possível termos alguém??? No sentido literal da palavra 'ter'??? Filhos??? Cada dia parece que o meu é mais do mundo, e que maravilha que é assim!!! Namorado ou marido??? Impossível!!! Fala sério... Não temos nem a nós mesmos. Às vezes me pego em reações que a minha razão não controla, desgovernada de mim mesma, no máximo consigo me conhecer, me aceitar e quase entender.


Se trocarmos o 'ter' por 'manter' pode ser um bom negócio. Não estaremos passando por iludidos, porque o 'ter' é ilusão, mas acima de tudo estaremos realmente investindo energia numa atitude saudável para a relação, seja ela com um filho, de amizade ou amorosa. Alimentar o vínculo, estar próximo ao filho, suas necessidades, à par de suas descobertas, incentivando e participando de sua vidinha cheia de novidades todos os dias. É... Se nos interessarmos e nos envolvermos de fato, acredito que todo dia podemos conhecer um pouco mais do outro, mesmo que anos tenham se passado. Conquistar e reconquistar o seu par sempre, buscar novas formas de fazer a mesma coisa, seja ela um simples café à dois. Quem sabe no de hj colocar um pauzinho de canela pra misturar ou um chocolatinho pra acompanhar??? Carinhos inocentes ou não tão inocentes assim, que aproximam, encantam... Tocar, conversar, dar atenção, formas simples de manter. Mantendo nem precisamos questionar o 'ter'... 'Ter' é tão presunçoso, 'manter' é tão carinhoso... Manter não é sufocar, é dar espaço com a mensagem de 'estou aqui'.


Imagine que você tem uma imensa mochila onde carrega coisas importantes de sua vida. Com certeza os amigos, a família e os amores não estão na mochila, eles estão ocupados carregando as suas próprias. O que temos na mochila então??? Lembranças, fotos, tickets de shows, teatros, cinemas, passagens, bolachas de bares, o primeiro sapatinho, todos os nros de telefone, endereços, e-mails, links do facebook, twiter e orkut para termos meios de manter a todos e
continuarmos engordando nossas mochilas com ótimas experiências divididas com quem vale a pena manter na vida.

Grande beijo!!!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Onde deixei meus brinquedos???


Assistimos ao Toy Story 3 um dia destes. Chorei bicas... Me identifiquei muito com a situação do filme. Eu não lembro bem o marco, se foi aos 11 ou 12 anos, mas em algum momento, os brinquedos deixaram de fazer parte da minha rotina, assim como no filme, foram alegrar outras crianças e eu nem senti sua falta, porque o que veio depois prendeu tanto a minha atenção, que não deu tempo para nostalgia. Ainda hoje eu, sinceramente, não sinto. Foi legal, brinquei muito e guardei boas lembranças. O meu choro no filme não era saudade da MINHA infância, e sim a emoção de perceber que aquele pequeno que curtia o filme ali do meu lado está crescendo e mudando de interesses muito rápido, e daqui a pouco as coisas vão mudar. Ele nem vai perceber, mas eu com certeza vou... E muito! É um sentimento contraditório de querer ver o filho crescer e desenvolver, mas ao mesmo tempo, pedir para que seja lentamente, que ele continue me deixando secá-lo depois do banho, ainda me peça leite pela manhã e pra dormir na minha cama à noite, ache o máximo assistir uma peça infantil e ande faceiro na carona da minha bicicleta... Não dá pra reter o tempo, só posso curtir e agradecer muito por ter a melhor companhia do mundo e de estar todo dia alimentando nosso vínculo. Daqui a pouco quem sabe vamos curtir juntos um cult do Tarantino??? Como sempre digo, existe encantamento em todas as fases e filho é filho com qualquer idade, mas vou sentir saudade dos brinquedos pela casa.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Eu me mordo de ciúmes

Confesso!!! Sou ciumenta! Muito!
Mas ao mesmo tempo que sou assim, eu tenho um pouquinho de noção e acho que o ciúme, além de uma fraqueza, é um desrespeito com o outro. Desrespeito porque é a suposição de que o 'objeto' do teu ciúme está receptivo às situações que causam, que atiçam este monstrinho que mora dentro do meu peito. É... Bem ali... Porque é ali que eu sinto uma bola de pelos, uma mordida, uma ardência, bem no momento que o monstrinho se manifesta. Será que existe o ciúme normal? O ciúme comedido? Porque o mal chamado ciúme não se contenta com o efeito que surte... Ele atiça a pobre criatura, no caso eu, a crer que se o outro lado não tem as mesmas reações nocivas (e muitas vezes ridículas), não ama, não gosta, não é tão apegado assim... Ai que doença!!! Pois então... Eu sei de tudo isso , mas sinto... Fazer o quê??? Rezar pra passar??? Tomar uma água??? Contar até 1.000??? Pode funcionar, mas eu não tentei estas receitas pra sobreviver a “ele”... Adoto a tática de ser uma eterna crítica de mim mesma. Tenho um termômetro, alarme, sinal... Não consigo ser indiferente, mas lido com esta falha do meu DNA... Deve ser por aí... Se por um lado estou em franca evolução porque nasci e cresci sem o dente siso, ainda tenho esta emoção primitiva que insiste em me pegar na curva de vez em quando... Eu sofro com ele e sofro em dobro quando me dou conta da total perda de tempo que foi... Não dá pra pular pra parte de se dar conta??? Não! Tem um processo... Aceitá-lo e conviver com ele de uma forma menos impactante para o meio e para mim mesma é um exercício que vale a pena, principalmente porque vale a pena confiar, vale a pena mandar o monstrinho pra cama sem jantar.
I see you!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Eu uso óculos



O que os filhos podem herdar dos pais??? Vários traços físicos e de personalidade, esperamos que os melhores... Mas nem sempre é assim. Descobrimos recentemente que meu filhote herdou minha miopia. Na aula começou a ficar difícil enxergar o que a professora escrevia lá do fundão da sala, foi sentando mais na frente, reclamando... Fomos no oftalmologista e... Certo!!! Miopia... Como a mamãe! Eu fiz uma cirurgia em 2002 que corrigiu 100% meus 5.5 graus e vou, com certeza, recomendar para o pequeno que faça a dele quando chegar a hora certa. Mas o que mais um filho pode levar de mim??? Meus medos, meus deslizes... Como eu queria que ele não sofresse, que não errasse e não tivesse que arcar com as duras consequências dos erros... Mas isso é vivência dele, pessoal e intransferível, vai cair e levantar muitas vezes, vai vencer e ter sucesso absoluto outras tantas... O que posso fazer por ele então, além de lhe dar muito amor e garantir que estarei ali do lado para consolar, aconselhar ou aplaudir??? Posso lhe dar estrutura para lidar com a falha, para saber que amanhã é outro dia. Posso lhe dar a base para saber que mesmo no auge do sucesso, ninguém é melhor ou pior que o outro, que somos todos da mesma fôrma e que o respeito é o melhor que temos para dar e receber.

Mas... Vou contar uma coisa... Ele ficou LINDO de óculos... Mais lindo ainda!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Preciso dizer “EU TE AMO”???

Amor: s.m. Sentimento que induz a aproximar, a proteger ou a conservar a pessoa pela qual sente afeição ou atração. Será que é só isso??? Eu chamo de palavrinhas mágicas... Mas o efeito mágico não acontece sem o contexto, se for dito ao vento, se virar banalidade, mera formalidade ou quase um compromisso burocrático... Qual a intensidade da expressão se as ações por trás disso tudo não demonstram nada??? Melhor, muito melhor que dizer é fazer a mágica acontecer. É despertar no outro e se deixar viver a emoção, aquela sensação abstrata. Não é frio, mas às vezes é... Frio na barriga... Não é calor, mas às vezes é “o calorão”... É mais. É admiração, preocupação e envolvimento. É quando o silêncio deixa de ser constrangedor e vira conforto. Quando cheiros e gostos te remetem a uma presença que torna-se imprescindível, default na vida. Sou a primeira a levantar a bandeira de que devemos nos bastar, estarmos bem em nossa companhia, sermos seres interessantes aos nossos próprios olhos em primeiríssimo lugar, mas... Enxergo muito bem o valor de uma boa companhia, de um amigo, que mesmo do outro lado do mundo, está sempre presente, da amiga que viaja, mas vira e mexe me dá notícias ou simplesmente quer saber de mim, das amigas que estão aqui do lado, e é bom lembrar todos os dias que estão, da família, que faz de um simples domingo um “evento”, o porto seguro... Amo, sabem que amo e não preciso lhes dizer o tempo todo. Ah... E tem aquela figura pequena, que sente meu “eu te amo” em cada gesto e toque, pra ele sou toda expressão, em tudo, o tempo todo. Filho é a certeza de que amor antes da primeira vista existe. Sentir e demonstrar sem precisar dizer... Enfim... Acontece e é muito bom.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Correr para aguentar a correria

Gente... Estou mega ansiosa hoje!!! Desde agosto de 2009, adotei um hábito que tem me feito muito bem: correr! Comecei a treinar certinho com uma equipe e a participar de provas. Eu não corria até a esquina mas, desde então, já participei de provas de 5 e 10 km, e já tive até pódio... O motivo da ansiedade de hoje é que amanhã tenho uma prova desafiadora, pelo menos pra mim... Vou correr 12km na TTT (Travessia Torres-Tramandaí), numa equipe de revezamento, na beira da praia, largando de Torres, com chegada na ponte de Imbé/Tramandaí. Além destes desafios que me dão muita satisfação, correr é uma delícia, me tira do chão, me eleva. Quando estou correndo o pensamento voa (só o pensamento, porque os meus tempos ainda não são assim... uma brastemp), e esta fuga da rotina, esta oportunidade de reflexão, de abstração, uma quase meditação, me faz relaxar, equilibrar, me dá energia para seguir na rotina, na correria do dia-a-dia. Estou ansiosa, mas é uma ansiedade boa pela iminência de mais uma pequena conquista, um desafio superado e, principalmente, porque esta é a primeira prova que meu pequeno vai assistir... Quero fazer bonito na estréia dele na muvuca das corridas, pois é um circo, uma animação, muita gente bonita, muitas promoções, música, energia pura e da boa. Então... Recomendo! Correr pra aguentar a correria é uma ótima alternativa. Faz bem para o corpo e para a mente, e ainda nos premia com a companhia de uma galera bacana e animada. Vai lá... Corra!!!
Se você tiver interesse em assistir ou participar de uma prova, acesse o site do Corpa e informe-se das datas das corridase períodos de inscrições:
http://www.corpa.esp.br/

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Consultoria


Por que a opinião alheia é tão importante??? Não vejo mal em nos preocuparmos com o que os outros pensam a nosso respeito, desde que isso não seja um fator que roube nossa espontaneidade ou sufoque nossa personalidade. Acho que filtros são importantes nessas situações, não só o filtro do que é apropriado ou não de se fazer nesta ou naquela situação, mas o filtro sobre a quem devemos confiar nossos conflitos pessoais e a opinião de quem deve ser relevante em nossas escolhas (além da nossa própria, é claro). E lá vem mais um papo filosófico... Mas como não pensar nisso quando meu filhote de 8 anos se põe a me dar conselhos comportamentais, e mais: conselhos muito sábios... Entre outras pérolas ele me propôs que analisasse as coisas por outro ângulo, sendo mais generosa comigo: "não tem nada de errado contigo, os outros é que não estão muito certos...", ou ainda: "nem muito, nem pouco, tens que achar um meio termo...". Claro que chegamos no contexto destas conversas por livre associação, não ando pedindo conselhos para meu pequeno, mas ele dá mesmo assim, quando acha oportuno, e está aí uma opinião a ser considerada sempre, com embasamento de quem me conhece de verdade, literalmente do avesso. Não vou sofrer do mal de entregar minhas dúvidas e conflitos a quem tem uma teoria pronta, uma receita de bolo. O amor é o melhor mediador, porque quem gosta, diz o que você quer ouvir, mas quem ama, diz o que você precisa ouvir, mesmo que doa, mas é uma dor que faz crescer.

Thui, obrigada por ser sempre mais do que eu posso esperar de ti.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Diferenças

Feliz Ano Novo!!! O meu foi massa! Espero que o ano engate neste ritmo também... Passei na praia com mais 4 amigas. Cinco mulheres lindas, inteligentes, de bem com a vida e completamente diferentes umas das outras. E este é o ponto: como conviver bem com diferenças??? Acho que tratando-se de relações humanas tudo se resume a isso. Na vida profissional, na vida pessoal, no mundo dos homens, no das mulheres... Somos todos seres da mesma espécie, mas de uma diversidade infinita. Costumo dizer que quando um casal se encontra num clima hamônico, tipo fecha todas, é um caso raro de conspiração astral, mas mesmo este caso de afinidade atípico, em algum momento vai se deparar com um impasse, alguma diferença, e se não for assim, fica muito chato. A harmonia que tanto buscamos em nossas relações está no respeito destas diferenças e nos limites de cada um, mesmo com as crianças, filhos de mesmo pai e mesma mãe, se mostram o negativo um do outro, e ao pai e à mãe destes serzinhos cheios de potencial, cabe aceitar a individualidade de um e de outro, sem comparações e com muito amor. Ninguém vai dizer que é fácil engolir uns sapos de vez em quando, mas o bem maior de conviver bem com o outro, de respeitar e ser respeitado, vale a pena. E o que me inspirou a pensar nisso hoje??? Uma casa com cinco mulheres completamente diferentes, que passaram momentos fantásticos juntas, convivendo com suas personalidades ímpares, tornando um feriado inesquecível e um belo começo. O começo de novas amizades e de um ano inteiro, novinho, pela frente. Gurias, amei!!!