quinta-feira, 29 de julho de 2010

Onde deixei meus brinquedos???


Assistimos ao Toy Story 3 um dia destes. Chorei bicas... Me identifiquei muito com a situação do filme. Eu não lembro bem o marco, se foi aos 11 ou 12 anos, mas em algum momento, os brinquedos deixaram de fazer parte da minha rotina, assim como no filme, foram alegrar outras crianças e eu nem senti sua falta, porque o que veio depois prendeu tanto a minha atenção, que não deu tempo para nostalgia. Ainda hoje eu, sinceramente, não sinto. Foi legal, brinquei muito e guardei boas lembranças. O meu choro no filme não era saudade da MINHA infância, e sim a emoção de perceber que aquele pequeno que curtia o filme ali do meu lado está crescendo e mudando de interesses muito rápido, e daqui a pouco as coisas vão mudar. Ele nem vai perceber, mas eu com certeza vou... E muito! É um sentimento contraditório de querer ver o filho crescer e desenvolver, mas ao mesmo tempo, pedir para que seja lentamente, que ele continue me deixando secá-lo depois do banho, ainda me peça leite pela manhã e pra dormir na minha cama à noite, ache o máximo assistir uma peça infantil e ande faceiro na carona da minha bicicleta... Não dá pra reter o tempo, só posso curtir e agradecer muito por ter a melhor companhia do mundo e de estar todo dia alimentando nosso vínculo. Daqui a pouco quem sabe vamos curtir juntos um cult do Tarantino??? Como sempre digo, existe encantamento em todas as fases e filho é filho com qualquer idade, mas vou sentir saudade dos brinquedos pela casa.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Eu me mordo de ciúmes

Confesso!!! Sou ciumenta! Muito!
Mas ao mesmo tempo que sou assim, eu tenho um pouquinho de noção e acho que o ciúme, além de uma fraqueza, é um desrespeito com o outro. Desrespeito porque é a suposição de que o 'objeto' do teu ciúme está receptivo às situações que causam, que atiçam este monstrinho que mora dentro do meu peito. É... Bem ali... Porque é ali que eu sinto uma bola de pelos, uma mordida, uma ardência, bem no momento que o monstrinho se manifesta. Será que existe o ciúme normal? O ciúme comedido? Porque o mal chamado ciúme não se contenta com o efeito que surte... Ele atiça a pobre criatura, no caso eu, a crer que se o outro lado não tem as mesmas reações nocivas (e muitas vezes ridículas), não ama, não gosta, não é tão apegado assim... Ai que doença!!! Pois então... Eu sei de tudo isso , mas sinto... Fazer o quê??? Rezar pra passar??? Tomar uma água??? Contar até 1.000??? Pode funcionar, mas eu não tentei estas receitas pra sobreviver a “ele”... Adoto a tática de ser uma eterna crítica de mim mesma. Tenho um termômetro, alarme, sinal... Não consigo ser indiferente, mas lido com esta falha do meu DNA... Deve ser por aí... Se por um lado estou em franca evolução porque nasci e cresci sem o dente siso, ainda tenho esta emoção primitiva que insiste em me pegar na curva de vez em quando... Eu sofro com ele e sofro em dobro quando me dou conta da total perda de tempo que foi... Não dá pra pular pra parte de se dar conta??? Não! Tem um processo... Aceitá-lo e conviver com ele de uma forma menos impactante para o meio e para mim mesma é um exercício que vale a pena, principalmente porque vale a pena confiar, vale a pena mandar o monstrinho pra cama sem jantar.
I see you!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Eu uso óculos



O que os filhos podem herdar dos pais??? Vários traços físicos e de personalidade, esperamos que os melhores... Mas nem sempre é assim. Descobrimos recentemente que meu filhote herdou minha miopia. Na aula começou a ficar difícil enxergar o que a professora escrevia lá do fundão da sala, foi sentando mais na frente, reclamando... Fomos no oftalmologista e... Certo!!! Miopia... Como a mamãe! Eu fiz uma cirurgia em 2002 que corrigiu 100% meus 5.5 graus e vou, com certeza, recomendar para o pequeno que faça a dele quando chegar a hora certa. Mas o que mais um filho pode levar de mim??? Meus medos, meus deslizes... Como eu queria que ele não sofresse, que não errasse e não tivesse que arcar com as duras consequências dos erros... Mas isso é vivência dele, pessoal e intransferível, vai cair e levantar muitas vezes, vai vencer e ter sucesso absoluto outras tantas... O que posso fazer por ele então, além de lhe dar muito amor e garantir que estarei ali do lado para consolar, aconselhar ou aplaudir??? Posso lhe dar estrutura para lidar com a falha, para saber que amanhã é outro dia. Posso lhe dar a base para saber que mesmo no auge do sucesso, ninguém é melhor ou pior que o outro, que somos todos da mesma fôrma e que o respeito é o melhor que temos para dar e receber.

Mas... Vou contar uma coisa... Ele ficou LINDO de óculos... Mais lindo ainda!